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Dengue impacta serviço público em Campinas e eleva gastos do INSS

Cidade registra 2ª pior epidemia na história, com sete mortes e 30 mil casos.
633 servidores faltaram neste ano por suspeita da doença, afirma Executivo.


As duas maiores epidemias de dengue na história de Campinas (SP) elevaram gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com auxílios pagos aos trabalhadores infectados pelo vírus e que precisaram ser afastados das funções para tratamento e recuperação. Além disso, também houve impacto no serviço público, por causa da ausência de funcionários.
Segundo o governo federal, o número de benefícios concedidos na cidade atrelados à enfermidade subiu de um, em 2013, para 21 durante o ano passado. Embora não tenha informado o total gasto neste período, o Ministério da Previdência Social resumiu que o valor inicial transferido no primeiro ano do comparativo foi de R$ 701,76, enquanto que em 2014 a soma equivalente às primeiras mensalidades pagas aos contribuintes foi de R$ 19, 3 mil.
Neste ano, informou a assessoria do INSS, as agências de Campinas concederam quatro auxílios-doença, com valor inicial de R$ 2.410. A cidade já registra a segunda maior epidemia de dengue na história, com sete mortes e 30.324 casos confirmados até abril. Ainda estão sob apuração do Departamento de Vigilância em Saúde três óbitos e outros 3.023 registros. Em 2014, Campinas contabilizou 42.664 registros da doença, além de dez mortes.
"A fase crítica da dengue dura até oito dias, embora nos dias posteriores o paciente ainda possa sentir algum mal-estar. Em casos mais graves, por causa de eventuais complicações geradas pela doença, o paciente é internado, mas a taxa é inferior a 5%", explicou o médico infectologista e coordenador do programa de dengue em Campinas, André Ribas. [Veja abaixo os critérios sobre o auxílio-doença do INSS].

Reflexos no setor públicoDe acordo com a Secretaria de Recursos Humanos, neste ano 633 servidores se ausentaram do trabalho, por causa da suspeita de dengue. O número equivale a 3,6% do total de 17,2 mil e cada um deles se ausentou das atividades, em média, por 4,5 dias.
"A ausência dos colegas de trabalho gera naturalmente uma sobrecarga de trabalho. É bastante complicado, todo mundo tem medo de ficar doente com esta epidemia", resumiu um médico que atua no bairro DIC III, mas preferiu não ser identificado pela reportagem.


Saiba reconhecer os principais sintomas da dengue

'Sinais de alerta' indicam se infecção pode ser grave ou mais moderada.
Doença requer hidratação constante e bom senso no uso do paracetamol.


Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida. Por isso, saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.
Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, uma pessoa só pode ter dengue quatro vezes.
70% a 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante, levando à morte
SINAIS DE ALERTA
Dor intensa na barriga
Sinais de desmaio
Náusea
Falta de ar
Tosse seca
Fezes pretas
Sangramento
Os principais "sinais de alerta" da doença são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
Diagnóstico precoce
É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue. A contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.
O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente.
Período crítico
O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramento.Esse poder ser um problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas prioritariamente.
Ao passar a febre, a pessoa pensa que está curada, mas pode apresentar queda brusca de pressão, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. O número de plaquetas no sangue ainda continua baixo e, por isso, é preciso continuar o tratamento.
O monitoramento clínico e laboratorial tem de ser constante, principalmente 72 horas após o período de febre. A complicação maior acontece no quinto dia da doença. O paciente tem de fazer pelo menos três exames de sangue, no início da dengue, depois da febre e uma terceira vez para ver se as plaquetas já voltaram ao normal.
Tratamento
A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.
Não existe um medicamento específico para a doença. A medicação serve basicamente para aliviar as dores.


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